sexta-feira, 25 de março de 2011

O horário de verão está acabando.

No próximo dia 20 de fevereiro a meia-noite, chega ao fim o contestado horário de verão. O jornalzão saiu às ruas para saber o que o povo acha sobre horário.

Paulo Roque Dourado, 58
“Pra mim é ótimo, gosto de calor, não me dou bem no frio.”

João José, 65
“Eu prefiro o horário normal, seis horas ainda é sol, muito ruim.”

Odair Francisco Xavier, 53
“Eu gosto do horário de verão, da tempo de fazer mais coisas.”

Bastidores da matéria

Eu poderia estar pautado para desvendar uma fábrica de “tetinhas”, ou cobrir o assassinado a facadas, com a faca enferrujada e sem ponta, com o assassino sendo surdo de um olho, mas fiz algo bem mais interessante, uma enquete que tem um apelo e clamor popular muito grande, algo realmente revestido de utilidade publica: Uma enquete sobre o Horário de verão.
Essa enquete foi marcada pela desconfiança ou pela criatividade das desculpas para não dar entrevista, fique com a opção que mais lhe agradar.
Uma senhora não topou a entrevista achando que eu era um vendedor, ou coisa que o valha. Ela não deixou explicito que era esse o motivo, mas pelo excesso de negação por segundos parecia que eu queria vender-lhe algo. Ainda falando em dinheiro, um senhor perguntou quanto que teria que pagar pela entrevista, não cobrei, mas pensando bem poderia tirar ganhar um troco. Um individuo saiu correndo quando o abordei. Um cara me enrolou por uns 5 minutos, me dava à entrevista e chupando sorvete. Enquanto ele se deleitava com a massa gelada parecia que estava fazendo algum download ou jogando xadrez, demorava pra responder. Por fim “foto eu não permito”, e perdi a entrevista. A pior de todas foi uma mulher que olhou para a minha cara de palhaço e perguntou se era alguma pegadinha, a véia até olhou para os lados para ver se tinha alguma câmera escondida.
Na minha incansável busca por um lugarzinho no céu, ajudei uma bonita senhorita a achar R$0,10 no chão. Somando esse troquinho, com o dinheiro que eu poderia ter ganhado cobrando a entrevista e vendendo o produto que a mulher não queria comprar de mim, colocaria o credito que me foram subtraídos na ligação para o Poderoso Chefão para ser pautado. Eu não reclamei, mas agora posso usar o 9090 para me comunicar com o jornal. Tá tudo fora de ordem as postagens, mas o produto não altera o resultado, ou sim.



Trezentos mil para o Carnaval. É pouco ou quer mais?


O prefeito Tadeu Chiaperini mandou um projeto para a câmara dos vereadores solicitando R$300 mil para poder fazer o carnaval. Veja o que pensa o povo sobre esse investimento.
 
Maura Mendes, 63
“Eu acho que não tem problema, o povo gosta bastante.”

Walter Gonçalves, 55
“Muito dinheiro, até 50 mil já estaria bom.”

João Marcos Ferreira, 17
“Esse dinheiro poderia ser investido em escola, habitação e saúde.”

Bastidores da matéria

Essa enquete foi dificílima por alguns motivos: Eu estava incapacitado fisicamente, devido a duas enormes bolhas de sangue na planta do pé, uma em cada um. Meu método de locomoção de duas rodas ecologicamente correta estava com uma cratera no pneu de trás. Sem almoço e com muito sono, pela necessidade rápida da entrega da enquete.
A parte engraçada dessa fábula fica por conta de uma mulher que só me cedeu à entrevista mediante uma condição: Poder se “arrumar no espelho”. Sem problemas, alguns minutos depois ela me volta igualzinha. Apenas tinha passado batom. Reflita comigo para saber se estou enganado, se o jornal é preto e branco, qual a necessidade do batom? Mais uma vez me envolvo com um bebum, na verdade eu apenas fui espectador. O veio cachaça cansou de se deitar no banco da praça e decidiu se apoderar de um espaço maior e impossível de cair dele, também conhecido como chão. Ajeitou-se como uma cobra estabanada e um amigo meu riu muito dessa cena bizarra. Nesse instante o senhorzinho balbuciou algo como, “você não sabe com quem esta mexendo”, botando a maior mala, mas o álcool tirou toda a sua coragem obrigando-o a dormir de novo.

O que Santa Rosa precisa com mais urgência?



O povo quer andar de carro tranquilo e não sentir a trepidação dos buracos, quer trabalhar e ter seu dinheiro e poder ficar doente sossegado sabendo que a saúde da cidade é boa. Essencialmente é isso que os santarrosenses entrevistados acreditam serem as primazias para uma Santa Rosa melhor. Leia todas as opiniões:

Edson dos Santos, 36
“Precisa melhorar a pavimentação.”

Bel Bueno, 28
“Limpar os terrenos baldios e tampar os buracos das ruas.”

Marcos Antônio Santos, 36
“A cidade esta ótima não tenho o que reclamar.”


Bastidores da matéria


Mais uma inovação por Desocupado por Opção. Era a primeira enquete do ano e chovia assaz para molhar um bobo que se aventurasse pelas ruas da populosa Santa Rosa. Coloquei uma capa amarela, coloquei um crachá do IBGE de um amigo meu de Pontal da FACCEJ, guarda-chuvinha básico e fui de casa em casa recolhendo as informações da enquete. Infelizmente não fiz isso, mas nas próximas poderei tentar algo assim. Essa peripécia jornalística pode ser sintetizada pelos 7 pecados capitais:                                                                                      
 Preguiça: Realmente sou muito preguiçoso, deveria ter saído a uma da tarde de uma bela e chuvosa quinta-feira, mas acabei saindo as três. E muito pela ligação da secretaria do jornal que queria para aquele dia, não deu, mas eu fiz.               
 Ira: Quando a chuva passar e o tempo abrir, abra a janela e veja... que esta chovendo demais, que triste. Encaramos uma barreira danada de bike. Eu e meu amigo Rafael de Indaiatuba, que foi meu fiel escudeiro, nessa busca pela informação.                                                                                               
 Gula: Foi à melhor parte da matéria. Passamos perto do único destacamento policial da cidade. Vimos uns caras derrubando uma fruta que eu não conhecia: Jambo.É mó boa eu agarantiuu. Depois de checar a o nome da fruta com outras pessoas descobri que não é jambo, q bsurdo.                                                                    
 Inveja: Já abordei bêbado, mudo, gente pedindo dinheiro e agora um gago. Ele ficou tão irrequieto ao dar a entrevista que achei que iria ter um ataque do coração. Ele dizia “nananananananananananão foto não”. Sempre quis falar desse  jeito rapidão assim, é mais rápido do que narrador de futebol. Invejei uma mãe que mandou seu filho pra “passear” por ficar atrapalhando ela lavar a casa. Foi muito engraçado.                                                        
 Soberba: Ao abordar um senhor no portão da sua casa, ele empinou o nariz, fez uma cara de pouco caso e respondeu com um grunhido de negação. HUM pão com ovo!!! Nem queria te entrevistar mesmo. Acidentes acontecem...Papeei com um senhor que seu filho fez um ano de jornalismo na USP de São Paulo. Isso pode não ser soberba, mas sim que ele criou juízo.                                                        
Luxuria: Fui abordar uma modesta donzela com dotes formosos e voluptuosos da parte inferior e superior, mas descobri que bunda não fala, mais uma falha desse meio quase ruim repórter.                                                            
Avareza: Fica por conta do singelo pão duro com margarina, tubaína quente e uma goiaba para finalizar mais um árduo expediente.

Seu natal será melhor que no ano passado?


Entusiasmados com um poder aquisitivo maior, abonos de fim de ano e pelo espírito natalino, alguns santarrosenses revelam que estão muito felizes e acreditam que vão ter um ótimo natal melhor que no ano anterior.

João Pedro Teixeira Crispin, 17
“Se Deus permitir, pois aprendi muitas coisas boas que me deixaram feliz para natal.”

Teresa Menta dos Reis, 69
“Vai ser melhor, pois a família esta unida e ganhei uma netinha.”

Luiz Fernando Marques 53
“Não vai, as coisas estão muita caras e não existe mais espírito natalino.”

Bastidores da matéria
O espírito natalino flamejava radiante por toda a cidade, o que facilitou meu trabalho. Na minha busca incitante e incessante pelos fatos excêntricos, me recordei de um que apenas fui espectador. Enquanto eu pagava uma conta numa xerocopia, um menino com uma revista de moto adentra uma loja para comprar CD de vídeo game. Quando ele estava saindo foi surpreendido pelo dono, que exigiu que abrisse sua revista. Dentro das paginas habitava dois CDS. O menino jurava que era dele que havia pegado emprestado, e o dono alegava uma malandragem do garoto. O moleque bravo foi embora só com sua revista e não comprou nada. Por fim não sei quem tinha razão. E para deixar bem claro, não era eu esse trombadinha. Mas mexer com o povo nunca é tão simples. No meio de uma entrevista, um carro parou para levar minha vitima. Um homem jurou que não me daria nenhuma palavra porque seus amigos iriam zoá-lo pelo fato de estar doente. O pior que colou e parei de insistir. Ainda falando de mentiras, um senhor proferiu que tem muita dor nas costas e não podia parar pra conversar, quase corre uma lágrima do seu rosto, fiquei muito sem graça. Passados alguns segundos, aquele vagabundo estava na maior prosa com outro velho. Teve ainda uma mulher que correu mais do que o Ulsain Bolt quando mostrei meu instrumento de trabalho para dar um clique. Vácuo total.