segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dioguinho, o maior bandoleiro roceiro paulista

Diogo da Rocha Figueira, depois conhecido como Dioguinho, foi o maior  matador da nossa região. Há mais de 100 anos ele desapareceu em um tiroteio no rio Mogi. Tudo indica que tenha morrido nesse encontro com a polícia, embora haja quem garanta tê-lo visto em outros lugares, e que ele ainda esteja vivo.
A história de Dioguinho sobrevive nas histórias contadas pelo empresário Celso Murari e pelo aposentado Fernando Xavier, este residente do Asilo São Vicente, em Santa Rosa.
Em 2002 virou livro pelas mãos do jornalista santarrosense João Garcia: ‘Dioguinho, o matador de punhos de renda’.
Ele era um homem magro, de 1,75m, cabelos pretos divididos ao meio, um belo par de orelhas, nariz e bigodes finos, olhos castanhos. Deixou Botucatu, sua cidade natal, e mudou-se para São Simão atraído pela grande valorização de terras, o auge da cultura do café e a grande procura de agrimensores. Foi porteiro do juizado, funcionário da cadeia pública e oficial de justiça, mas acabou sendo conhecido e temido quando se tornou assassino por encomenda, pelos fazendeiros poderosos, que em troca acobertavam seus crimes.

Um agrimensor que virou matador

A vida de Dioguinho é repleta de lendas e mistérios. Alguns acreditam que entrou na vida do crime porque um homem matou uma cabra da sua família, e ele cobrou a vida do ladrão em troca. Há quem diga que ele matou um funcionário de um circo itinerante que abusou de uma sobrinha sua. Ainda se fala que o gerente de um circo foi morto por ele porque deu um tapa na cara de Joãozinho, seu irmão.
 Pode-se afirmar que Dioguinho foi causador de mais de vinte crimes registrados em cartórios. Era tido como uma pessoa dura, sempre estava armado, mexia cachaça com o revólver, vestia-se muito bem, era maçom e tinha boas montarias. Uns juram que era “pegador” e tinha duas mulheres ao mesmo tempo. Há quem garanta que ele era pederasta.
Celso Murari conta a seguinte história:
- Certa vez uma moça estava indo sozinha para São Simão e acabou encontrando Dioguinho, que lhe perguntou se não tinha medo de andar por aquelas bandas sozinha. Ela disse que sim, mas tinha necessidade de chegar a São Simão. Dioguinho se dispôs a acompanhá-la e ao chegar ao seu destino agradeceu muito àquele cavaleiro que tomou seu rumo novamente. A moça rasgou elogios àquele cavaleiro educado que lhe tinha feito companhia, mas ao descrevê-lo para as pessoas, acabou descobrindo que ele era Dioguinho. A moça passou muito mal, ficou com tremedeira e se acalmou depois de muito tempo com a ajuda de um copo de água com açúcar. 

 A índia pelada
- Minha avó, que era índia, foi enjaulada por Dioguinho - lembra Fernando Xavier.
Maria Conceição era o nome dessa índia de aproximadamente 20 anos, que além de andar nua, era canibal de nascença, mas não de atos.
- Não achava certo comer seus semelhantes, e por isso fugiu da aldeia. Acabou se deparando com Dioguinho, dando início a este causo.
Sabendo que os índios daquela região tinham o hábito de comer gente, Dioguinho fez um laço e prendeu aquela índia que cruzara seu caminho. Ela era tão feroz que tentou serrar as cordas com os dentes. Ficou aprisionada no porão da casa dele, dentro de uma jaula, por aproximadamente uma semana, na tentativa de “domesticá-la”. Maria Conceição fingiu-se de “mansa”, e conseguiu fugir. Dioguinho tinha uma cadela chamada Pantera, que foi colocada na trilha deixada pela fugitiva. O animal seguiu aquela trilha até o final, mas a perdeu. Na verdade, ela se pendurou numa latada de cipó, e por sua sorte nem o matador, nem seu cachorro tiveram a lucidez de olhar para cima.
Muitos anos mais tarde, Dioguinho, passando a cavalo por Cravinhos, reencontrou sua ex-cativa com um bebê no colo, se reconheceram, mas apenas trocaram olhares. Aquele neném era a tia de Fernando Xavier, chamada Benedita. Maria Conceição se casou com um baiano, e mais tarde deu seu nome para a irmã de Benedita, mãe de Xavier.

Três alternativas de morte: Veneno, punhal ou revolver?

Existem várias histórias e estórias de Dioguinho, que são contadas de formas semelhantes em épocas diferentes, que fazem parte do folclore popular.
Essa narrativa é de um fazendeiro que contratou um professor particular para dar aula a sua filha. Ele não queria que ela tivesse contato com o mundo, então a isolou. O professor acabou abusando da filha do fazendeiro que, muito irritado com essa traição, contratou Dioguinho para matá-lo.
O matador de encomenda, quando colocou as mãos no professor, deu-lhe três opções de morte: veneno, punhal ou revólver. O catedrático optou pelo copo de veneno.

O fim de uma lenda

 Até hoje não se sabe ao certo o final de Dioguinho. Sabe-se que ele, por muito tempo, foi protegido por fazendeiros, mas acabou sendo encurralado no rio Mogi pela polícia. Desse encontro saem algumas vertentes; alguns acreditam que ele morreu, outros não. Fernando Xavier é adepto da teoria segundo a qual ele fugiu para o Paraná. Dioguinho teria trocado tiros com a polícia, embarcado numa canoa no rio Mogi, no primeiro dia de maio de 1897. Joãozinho seu irmão, que estava junto, foi morto, e Dioguinho levou um tiro no peito. Não morreu devido à proteção de uma medalha de Santo Antônio, e caiu de costas na água. Os policiais continuaram a atirar e acertaram duas pedras próximas ao rio, que Fernando Xavier jura ter visto. No final dessa ofensiva, Dioguinho sumiu. Xavier assegura que ele morreu de velhice aos 130 anos no Paraná.
Há ainda quem acredite tê-lo visto em diversos lugares diferentes.


                                              Bastidores da Matéria

Dizem que usei de um humor falso moralista e semi fascista (nem sei o que é)  nos meus últimos posts, rebaixando gatos a nada, para me sentir superior, ainda usei resquícios de bullying. A classe felina ficou muito chapada comigo. Espero que vocês também não tenham cometido essas falhas, é muito foda ser politicamente correto, praticarei o humor do bem. Para minha redenção irei elucidar minhas elucubrações pseudo-insanas com enxurradas de sentimentos e uma chuva de meteoros da paixão aparvalhadamente basbaques, me valendo das sete virtudes do homem no nível físico:esperança, amor, temperança, prudência, justiça, fortaleza e fé. Pena que meu blog ainda não possue tecla SAP, pois às vezes nem eu entendo o que estou escrevendo.

Esperança: Se você acha que o Osama Bin Laden é campeão mundial de Pique – Esconde, conheça Dioguinho, o maior assassino do interior paulista, que assim como o terrorista, ao morrer seu corpo sumiu em um rio, a diferença é que o bandoleiro esta sumido desde 1987, e como aprendi na infância, sem corpo não há morto, a esperança continua!

Amor: Queria pedir, por favor, um minuto de silêncio para o companheiro Bin Laden e para o companheiro Dioguinho. Amador por uns, odiados por outros. É o amor!

Temperança: Fui uma espécie de psicólogo para o Fernando Xavier, enquanto ele falava, fiquei em estado de Corby (dar uma super atenção ao que a pessoa fala, deixando ela muitas vezes constrangida com tanta audiência). No limite certo de não ser super atencioso e desatento!   


 Prudência: O Grêmio Prudente voltou a ser Barueri, muito prudente da parte deles! Mas voltando... Por livre e espontânea pressão do professor de Comunicação de alguma coisa, fiz essas entrevistas, li o livro, escrevi e publiquei a matéria. Ele disse que iria me reprovar se eu não fizesse, por fim, ele nem leu. Fui sábio, ou não, mas o que importa é que não reprovei e tudo certo!

Justiça: Após a entrevista com Fernando Xavier, joguei algumas partidas de dominó com ele. Acho justo!

Fortaleza: O Fortaleza não foi campeão estadual de novo, mas não é isso que eu quero falar. Depois de um desastre no ultimo programa de radio na faculdade, duma professora e inúmeras outras pessoas falarem que eu deveria fazer artes cênicas e não jornalismo e em busca pelo bem interior escrevi!

Fé: “Nem sempre se pode ter Fé, mas nem sempre
a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte”. Gabriel O Pensador. Ganharei no Hiper Cap um dia, tenho fé!

2 comentários:

  1. Graças Ao FACISTA do SILAS... O Dioguinho se tornou um Herói p a publicação dessa matéria.E valeu pela "TEMPERANÇA" alguma coisa tem q sair de mim, né?

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  2. Sempre surrupiando experiências conetrutivas de nossos amigos... o pior é q poucas pessoas conheciam o Diogiuinho antes dessa matéria!

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