terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Relíquias de Sebstião Argeri

"Meu avô trocou um garrote por um relógio para me dar de presente", diz Sebastião Argeri de 73 anos que
coleciona objetos raros que foi adquirindo durante sua agita vida, na qual foi soldado da cavalaria de Pirassununga, técnico agrícola e trabalhou por 18 anos para o Conde Francisco Matarazzo, em Amália, onde residia.
Aos 18 anos serviu a cavalaria de Pirassununga e guarda dessa época antigos laços, freios de cavalo, alforje e um cinto de munição com seu antigo número na cavalaria. Seu pai também foi da cavalaria e deixou como herança daquele tempo um par de esporas que ele usou na Revolução de 32.


Coleção de relógios - Uma das peças que mais chama a atenção no seu acervo histórico é um relógio Roskopf Patent de 1910, que carregava na cintura. Dado por seu avô, o relógio que tem 100 anos, possui algarismos romanos e se encontra em ótimo estado de conservação e continua funcionando.
A história mais inusitada é a do seu antigo relógio de pulso que ganhou em 1962 do seu avô na sua formatura. Seu avô queria dar-lhe um presente mas não tinha dinheiro. Antonio Juns, um relojoeiro, queria um garrote do avô de Sebastião, então propôs a troca de um relógio de pulso por um garrote e fim do problema.


Moedas - Sebastião têm em seu acervo histórico inúmeras moedas antigas. Entre as mais raras encontra-se uma moeda de 1868 de Dom Pedro II, 1000 réis com o rosto do ex-presidente Eptácio Pessoa de 1922, uma moeda comemorativa do centenário de independência do Brasil, 100 réis de dezembro de 1889, que foi a primeira moeda feita no Brasil e 2000 réis de 1937 com o rosto de Duque de Caxias. Essa última tem uma boa história. Sebastião tinha 3 anos e estava com coqueluche e não queria tomar injeção. Mas acabou sendo convencido pela Marinês Cintra, a deixar seu marido Ovando Cintra aplicar a injeção em troca de uma moeda de 2000 réis."Até hoje guardo essa moeda", lembra.


Bastidores da Matéria

Meu tio taxista e auto-socorrista, vulgo guincheiro, muito amigo do Sebastião, me contou a história da injeção e que ele tinha varias coisas antigas, isso deu uma pontada no meu instinto jornalístico. Acompanhado de minha tia fui à casa de minha fonte, onde permaneci por umas 3 horas. Foi bem fácil fazer essa matéria, Sebastião e sua mulher foram bem simpáticos. Foi a primeira matéria que saiu exatamente como eu escrevi, desde o título, os subtítulos, que são feitos para quebrar um pouco aquele textos grandes que desanimam o leitor a prosseguir até o final. Além das várias fotos antigas que eu vi e que tirei, fui para casa de bucho cheio, filei um cafezinho da tarde nervoso. Ah, sacumé né, trabalhar cansa e da fome. De brinde ganhei minha segunda capa seguida.
                                                        

2 comentários:

  1. Seu Vovô já assistiu: "QUERIDO JOHN"???
    Se ñ pede para ele assistir, ele vai se indentificar muito!!!!!(rsrsrsrs)

    ...OS MATARAZZOS... q chique!!!! Seu vovô ñ é pouca coisa ñ!!!!

    ResponderExcluir
  2. Não é meu avô não, pode parecer dificil de acrediat mais essa é a verdade

    ResponderExcluir