domingo, 24 de outubro de 2010

Pela segunda vez, furtaram a égua de Zé de Castro, o "justiceiro de Nhumirim"

Todos os dias o aposentado José Pereira de Castro de 74 anos, acorda bem cedo para tirar leite, num curral no bairro de Nhumirim, onde reside. Ao chegar ao curral sempre é recebido pela sua égua Paloma, mas não foi o que aconteceu certo dia no começo deste mês. "Fiquei cismado, minha égua não tá aí", disse José. Ela tinha desaparecido, ele não sabe a hora exata. Segundo ele, também levaram o cabresto da égua. "Roubaram a égua com cabresto e tudo", lamenta.
Zé de Castro procurou Paloma por todo lado. A única pista eram as marcas dos cascos no caminho de Tambaú. Passados doze dias do furto, José avista Paloma com um homem montado nela. Mais que depressa José com a ajuda de seu cunhado seguiu o animal até um sitio próximo a Nhumirim de onde ligaram para a polícia.
A polícia levou o homem para a delegacia. O homem alegou que o animal apareceu no sitio onde trabalha e resolveu dar uma volta com ela. O que indignou José, sua égua não iria andar mais de 10 quilômetros sozinha com cabresto que estava no curral. Por não haver provas o suspeito foi liberado e até agora não se sabe quem é o ladrão e nem como a égua chegou ao sitio.
"Fica o dito pelo não dito", reclama Zé de Castro. É a segunda vez que a mesma égua é roubada. Na primeira vez ela foi parar perto de Luiz Antônio, mas ele conseguiu reavê-la com a ajuda de seu irmão. Além da égua um leitão seu também foi roubado na mesma época e por sorte um homem o achou e o devolveu. Nessas aventuras, José já gastou mais de 100 reais. " Sempre fico no prejuízo", diz ele.

Bastidores da matéria

 Essa foi a segunda vez que a égua foi roubada e minha primeira matéria. Fiquei muito nervoso, não sabia por onde começar e nem o que perguntar. Não sei se facilita ou piora a situação, mas Zé de Castro é meu tio! A primeira vez que fui procura-lo na sua casa para entrevista-lo ele não estava. Na mesma tarde desse dia,( nem lembro se era segunda ou terça, mas isso não vai fazer diferença) fui até o pasto onde ele trabalha  ...não sei se foi um alívio por ter encontrado ou se me deixou mais nervoso.Dois muleques xeretas foram junto comigo ver como eu me saia na entrevista.
 A primeira pergunta foi a pior possível: -"Nome completo e idade", parece uma pergunta básica, mas não se você estiver entrevistando o seu tio , e ele se chama Zé de Castro, dá um grau na sua resposta:- "Que sobrinho é esse que não sabe o nome e a idade do tio?". Depois de uma vermelhidão repentina tomar conta do meu rosto e o coração acelerar consegui fazer toda a entrevista.
 Passaram alguns dias e Zé de Castro recupera sua égua e mata a minha matéria, fiu obrigado entrevista-lo de novo, tive que parar de assistir um jogo da copa,que não me recordo qual era,para fazer a entrevista.Dessa vez foi bem tranquila, acabei juntando um pouco de cada entrevista.
  Eu ainda não era reporter do jornal, então precisei mandar a matéria por e-mail da casa do meu primo.Foi muito feliz ao ver miha matéria publicada.